A escala 6×1 é um dos regimes trabalhistas mais comuns do Brasil.
Em suma, é o sistema em que os trabalhadores desempenhem funções durante seis dias consecutivos da semana, com um dia de descanso.
Todavia, é motivo de debates e discussões entre a classe trabalhadora e os empresários.
Isso porque estão crescendo muito as preocupação sobre a qualidade de vida dos trabalhadores.
Neste artigo, vamos entender melhor sobre a escala, e os impactos que o seu fim pode acarretar no Brasil.
O Que é a Escala 6×1?
Esse regime, estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determina que a cada seis dias trabalhados, o empregado tem direito a um dia de folga, na maioria das vezes respeitando o descaso semanal remunerado.
As empresas de varejo, hospitalidade e até mesmo a indústria costumam utilizar a escala 6×1 para otimizar ao máximo a produtividade e consequentemente, vencer a alta demanda da clientela.
Todavia, essa rotina é extremamente desgastante para os trabalhadores, que enfrentam longos turnos, por 6 dias consecutivos.
Portanto, ao mesmo tempo que aumenta a produtividade e previsibilidade de rotina de trabalho, a falta de descanso pode provocar exaustão e prejudicar a saúde e bem estar dos trabalhadores.
E Por Que Debater o Fim da Escala 6×1?
Com a evolução do entendimento sobre a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores, começou a surgir questões na sociedade em relação a real eficácia e da justiça sobre o regime de trabalho 6×1.
E então, as críticas à esse sistema começaram a ganhar espaço, uma vez que essa escala causa forte desequilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional de quem está inserido no mercado de trabalho.
Dentre as críticas, podemos analisar o cansaço do trabalhador que labora seis dias por semana, descansando apenas um.
Essa sistemática provoca um esgotamento extremo, tanto físico, quanto mental.
Assim, a produtividade tende a diminuir significativamente, e o risco de doenças ocupacionais aumentar muito.
Hoje em dia, é comum que as novas gerações, para inserirem-se no mercado de trabalho, exijam condições mais flexíveis, visando conciliar melhor a vida profissional e pessoal, demandando assim de opção que não seja a escala 6×1.
Mudanças na Lei:
As discussões sobre a escala 6×1 alcançaram o Congresso Nacional, com propostas de modificação, e até mesmo extinção desse modelo.
Dentre as diversas transformações pelas quais a legislação trabalhista vem passando, essa seria uma das mais significativas.
Em debate, as propostas giram em torno de:
Outros modelos: Como escala 5×2, onde os trabalhadores laboram por cinco dias consecutivos e descansam dois.
Flexibilização do modelo de escala existente (6×1): Essa proposta se refere a possibilidade de empregado negociar diretamente com o seu empregador, buscando um sistema mais flexível.
Assim, se espera que haja melhorias na qualidade de vida do trabalhador, porque prezaria pela saúde e bem-estar dessa classe, o que consequentemente tende a resultar numa maior produtividade quando no período de trabalho.
Além disso, jornadas mais curtas diminuem o risco de afastamentos por atestado médico, por exemplo!
Impactos Econômicos pelo Fim da Escala 6×1:
Por óbvio que uma mudança na escala de trabalho não afeta apenas a classe trabalhadora, mas também as empresas e a economia de modo geral.
Por isso, é imprescindível compreender que essas mudanças causariam grande impacto na produtividade, nos custos operacionais devido a necessidade de contratar mais funcionários, e óbvio, no mercado de trabalho.
Impactos na Qualidade de Vida dos Trabalhadores:
Quem defende o fim dessa escala exaustiva, se apoia nos argumentos de que isso melhoraria a saúde e o bem estar dos trabalhadores.
Assim, com um dia a mais de folga por semana, os trabalhadores conseguiriam destinar o tempo antes ocupado pelo trabalho, para dar atenção à família e à atividades de lazer, ou até mesmo estudar.
Além disso, jornadas de trabalho menos exaustivas conseguem diminuir muito o estresse no ambiente, proporcionando uma produtividade muito maior.
A tecnologia e o Trabalho Remoto:
Com o desenvolvimento tecnológico, o trabalho remoto tem proporcionado novos modelos de trabalho para empresas, sendo um caminho profícuo para a flexibilização da escala 6×1, tornando-a mais viável.
Assim, surfando na onda de trabalho híbrido impulsionada pela pandemia, as empresas poderiam adotar esse sistema para organizar a jornada de trabalho intercalada por exemplo, tornando a semana menos desgastante aos seus funcionários.
Além disso, adotar tecnologias que tornam a gestão de turnos e escalas automáticas, pode otimizar a transição para jornadas melhor equilibradas, aumentando a produtividade e a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.
Portanto, podemos entender os debater que abrangem o fim ou flexibilização da escala de trabalho 6×1 bastante complexas, porque afeta diversos setores, como econômicos, legislativos e sociais.
Essas mudanças podem contribuir para alguns setores, por exemplo, proporcionando maior qualidade de vida para trabalhadores e diversos outros benefícios para essa classe.
Então, cabe ao Brasil como um todo agir para que o trabalho e a vida de seus cidadão esteja em equilíbrio, para que o país se desenvolva economicamente de forma sustentável e consciente, sem prejudicar uma classe em detrimento das outras.
Todas as informações presentes neste e em outros artigos Appoca podem passar por mudanças. Verifique atualizações com as instituições e empresas citadas.
REFERÊNCIAS:
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